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Distribuição de combustível natural e renovável é aposta da Sulgás

Desde 2012, a Sulgás aposta na geração do GNVerde, combustível inteiramente natural e renovável, desenvolvido através de dejetos orgânicos inseridos em biodigestores. A empresa reaproveita os rejeitos para a produção de Biometano em uma usina de compostagem e tem a meta de produzir um gás com alto teor de metano (acima de 96%), que atenda à especificação técnica exigida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esta experiência será apresentada pelo coordenador da Carteira de Novos Negócios e Tecnologias da Companhia, Otto Fonseca Cardoso, no case “GNVerde – Gás Natural 100% Renovável”, durante o painel “Cases de Energias Alternativas”, que ocorre na tarde do dia 21 de junho, durante o Seminário Cidade Bem Tratada.

Investir na geração de combustível a partir da eliminação de parte de um passivo ambiental tem sido um dos focos da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), que projeta a ampliação da distribuição de Biometano em diversas localidades gaúchas. Atualmente, o gás natural (GN) distribuído é de origem fóssil e importado da Bolívia. Mas, desde 2012, a empresa aposta na geração do GNVerde, combustível inteiramente natural e renovável, desenvolvido através de dejetos orgânicos inseridos em biodigestores. Os rejeitos são reaproveitados para a produção de Biometano em uma usina de compostagem implementada na sede da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus) que, junto com a Naturovos e a Univates, são parceiros do projeto-piloto da Sulgás.

Segundo o coordenador da Carteira de Novos Negócios e Tecnologias da Companhia, Otto Fonseca Cardoso, os experimentos buscam a produção de um gás com alto teor de metano (acima de 96%), que atenda à especificação técnica exigida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Nos últimos anos, a Sulgás tem investido constantemente em ações para promoção de novas fontes de suprimento de gás natural no Estado, entre as quais estão as pesquisas para o aproveitamento e a produção de Biometano através da purificação do Biogás”, explica Cardoso, que irá apresentar o case “GNVerde – Gás Natural 100% Renovável”, durante o painel “Cases de Energias Alternativas”, na tarde do dia 21 de junho, durante o Seminário Cidade Bem Tratada.

Funcionando dentro das instalações da Ecocitrus, em Montenegro, a planta-piloto produz uma média de 1,2 mil m³/dia de gás natural gerado pela transformação de microorganismos em Biogás purificado. “É um processo totalmente ecológico”, destaca Cardoso. Ele observa que a geração de energia através de rejeitos cria um tripé de sustentação econômica, ambiental e social, que, justamente por isso, acaba sendo mais rentável, ainda que não haja grande escala de mercado em um primeiro momento. “No futuro, a Companhia pretende comercializar esta energia em forma de combustível para distribuir na indústria automotiva, comércio, residências e outros setores, gerando sustentabilidade e renda para a população local”, projeta Cardoso.

A empreitada está em evolução. Em julho, a Sulgás lança chamada pública para “provocar o mercado” a apresentar projetos de fornecimento a partir de 5 mil m³/dia do combustível. E, de acordo com o executivo, já há interesse de outras cooperativas do Estado em dar destino aos dejetos orgânicos a partir de plantas de Biogás. A meta é que a Companhia compre dos produtores até 200 mil m³/dia de GNVerde para realizar beneficiamento e comercializar, inicialmente, em cinco regiões do Rio Grande do Sul, algumas delas ainda não atendidas pela Sulgás. Isso deve representar 10% do volume de GNV distribuído diariamente pela empresa. “A ideia é crescer no volume, até que no futuro possamos ter independência na produção de gás natural”, estima Cardoso.

O palestrante explica que, por enquanto, não há comercialização, mas já ocorre aplicação dos resultados da planta em funcionamento na Ecocitrus. Lá mesmo funciona um posto de GNVerde que abastece 40 veículos de todas as cooperativas de citricultores de Montenegro. “Parte do Biogás gerado é utilizado para suprir toda a energia gasta na usina, enquanto o Biogás purificado é consumido pelos produtores.” O processo só foi possível após um período de testes de qualidade dentro dos parâmetros determinados como aceitáveis para a produção de Biometano pela ANP. No total, foram investidos de R$ 1,5 milhão no projeto.

Também o Governo do Estado, através da Secretaria de Minas e Energia, colabora com o projeto, ficando com o papel de aproximar todos os atores e conceder incentivos fiscais para a iniciativa privada, bem como linhas de financiamento com juros subsidiados pelo BNDES para possíveis investidores. “Recentemente, também foi aprovado PL do Biometano na Assembleia Legislativa, o que deve impulsionar o desenvolvimento deste energético no Rio Grande do Sul”, destaca Cardoso. “Além de ser uma fonte alternativa e complementar de suprimento, o GNVerde representa uma forma independente de disponibilizar o produto em regiões que não são atendidas pelo gasoduto, potencializando a interiorização do mercado de gás natural”, observa Cardoso.

Texto: Adriana Lampert – assessoria de imprensa – Cidade Bem Tratada (Veja a publicação originalaqui)

*A Sulgás é uma das patrocinadoras da 5ª Edição doSEMINÁRIO CIDADE BEM TRATADA, que ocorrerá nos dias 20 e 21 de junho de 2016, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS, em Porto Alegre.

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