Porto Alegre está na vanguarda quando o assunto é a universalização do transporte público. A cidade foi uma das primeiras do Brasil a ter um plano diretor que prevê ações em diversas frentes, a fim de possibilitar o acesso de pessoas com limitações físicas ou psicológicas a todos os espaços públicos.
Os passageiros de táxi da capital gaúcha contam, atualmente, com aproximadamente 20 prefixos adaptados. A previsão da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) é ampliar em até 71 prefixos ainda no primeiro semestre de 2017. Para adaptação, é necessário respeitar requisitos como dimensões, espaço interno livre, materiais e equipamentos. A partir das condições estabelecidas, os permissionários optaram por modelos como Chevrolet Spin e Fiat Doblò. A Sulgás estuda ações de incentivo à adoção de GNV para estimular o trabalho dos taxistas.
Economia e redução da emissão de poluentes com GNV
Esses veículos podem ser convertidos para o GNV, que possui como vantagens o menor custo do abastecimento e a redução na emissão de poluentes no meio ambiente. Em Porto Alegre, os táxis precisam estar de acordo com alguns critérios para a instalação do gás, como: posição do cilindro em local fechado e isolado, com porta ou dispositivo de abertura para manutenção,
vedação do compartimento com materiais rígidos que não reproduzam as formas do cilindro, proteção da área destinada ao passageiro, mantendo livres os espaços de circulação e acomodação, e preservação da identificação visual padrão do táxi. É permitida a implantação no assoalho do veículo desde que atendidas às especificações de segurança.
Os requisitos de instalação apresentados pela prefeitura são observados pela empresa que realiza a implantação de cilindros de GNV com 9m³, chapa de proteção e variador de avanço em veículos acessíveis. Até janeiro, 14 táxis do modelo Chevrolet Spin com rampas eletro-hidráulicas foram adaptados. “Os proprietários buscam substituir o combustível para reduzir custos. A economia chega a 60% com relação ao etanol e à gasolina”, afirma Antonio Roberto Gomes,
gerente da instaladora.
Sobre o rendimento do veículo, o uso do GNV amplia o desempenho em 20%. Atendendo ao critério de localização do cilindro, a empresa instala o equipamento no túnel da surdina, evitando o contato e a visibilidade do dispositivo de gás por parte do passageiro.
Maior qualidade de vida aos clientes
Cristiano Freitas é taxista há sete anos e desde o início do trabalho optou pela utilização de GNV para abastecer o veículo. “Ecologicamente, por ser menos poluente e economicamente, por ser mais barato”, aponta ele como razões pela escolha. Desde 13 de dezembro de 2016, Cristiano circula por Porto Alegre com um Chevrolet Spin adaptado para cadeirantes. Para ele, possuir carros acessíveis na frota é essencial para a população. “É importante para dar mais respeito dignidade no transporte de pessoas com dificuldade
de locomoção. Além disso, mais qualidade de vida, possibilitando a estas o convívio social”, conclui.
Por: Fernanda Tatsch, Revista Sulgás Natural,13ª edição.